Atentado contra Moraes é alegação central de voto de Mendonça por suspeição

Na investigação da PF, trata-se do dia 15 de dezembro de 2022, quando militares de alta patente vigiaram e trocaram mensagens nos arredores do Supremo e da casa do ministro. A polícia também encontrou um documento impresso chamado “Punhal Verde Amarelo” com um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e Moraes.

Mendonça segue o argumento dizendo que é o próprio Moraes em seu relatório que se vê e se descreve como “vítima direta das condutas investigadas nos presentes autos, demonstrando seu claro e inevitável interesse no deslinde processual”.

E reforça:

“veja-se que a narrativa dos supostos ataques e ameaças (…) aponta para o entendimento de que as alegadas afrontas transcendem a esfera institucional, atingindo de maneira direta a pessoa do Ministro, entendimento este que evidentemente implica na identificação deste Ministro como vítima”.

“Tanto é assim que o ministro relator (Moraes) decretou a custódia preventiva de um dos investigados, coronel Marcelo Câmara sob o pretexto de que o mesmo teria monitorado sua agenda de compromisso e localização ao final do ano de 2022 e, ainda, que a custódia se fazia mister na medida em que tais ações poderiam ter continuidade”.

Neste ponto, Mendonça tenta se contrapor a tese dos demais colegas, que defendem que o golpe seria consumado contra a democracia, portanto, o ataque sofrido contra Moraes não seria apenas contra ele, mas contra uma instituição – no caso, o TSE.

noticia por : UOL

23 de janeiro de 2025 1:43

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