De pastor a fugitivo: a trajetória controversa do cacique Sererê

O cacique também se envolveu na política, filiando-se ao Patriota e se candidatando ao cargo de prefeito de Campinápolis (MT) em 2020. Ele obteve 689 votos, correspondendo a 9,7% dos votos válidos, não sendo eleito para o cargo.

Sererê tornou-se conhecido nacionalmente em 2022, ao se posicionar de forma enfática contra o resultado das eleições presidenciais que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonarista, ele organizou manifestações em Brasília, incluindo atos no Aeroporto Internacional e na Esplanada dos Ministérios, onde proferiu discursos inflamados contra ministros do STF e do TSE. Entre suas declarações, alegava fraude eleitoral e chamava Alexandre de Moraes de “bandido e ladrão”.

Os protestos liderados por Sererê culminaram em confrontos violentos, como a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022, que incluiu queima de carros e depredação de ônibus. A repercussão dos eventos levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a decretar sua prisão temporária sob acusação de incitar atos antidemocráticos e ameaçar a segurança institucional do país. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Fuga e captura

Sererê foi preso em 12 de dezembro de 2022, onde cumpria pena no Complexo Penitenciário da Papuda. A esposa do indígena, Sueli Xavante, chegou a publicar um vídeo na época dizendo que o marido sofreu um infarto na prisão. A Seape (Secretaria de Administração Penitenciária) do Distrito Federal desmentiu as alegações e afirmou que o cacique estava em “perfeitas condições de saúde”.

O cacique foi liberado da prisão com o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica em setembro de 2023, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele passou a responder ao processo em liberdade após cerca de nove meses detido, desde sua prisão em dezembro de 2022.

noticia por : UOL

23 de janeiro de 2025 1:36

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