No começo de dezembro, diante da queda do governo de Bashar Al Assad, o embaixador deixou a Síria e hoje está em Beirute. Não houve uma ruptura da relação entre os dois países. O descolamento ocorreu apenas para se garantir a segurança dos funcionários.
Ele contou ao UOL que decisão de sair de Damasco ocorreu por conta da situação de segurança, que já vinha se deteriorando e levando várias embaixadas a considerar a saída de Damasco.
Nos primeiros dias de dezembro, os funcionários brasileiros da embaixada foram enviados para fora do país. Mas o embaixador ficou. Uma semana depois, ele também foi retirado.
Segundo ele, a aviação israelense, que já estava bombardeando várias partes do país e Damasco, iniciou um bombardeio mais frequente e mais intenso. Um desses ataques ocorreu nas proximidades do bairro da embaixada. “O ataque era contra um aeródromo, que fica três quilômetros da embaixada”, contou o diplomata.
“Mas o que chocou é que os explosivos que foram lançados foram tão fortes que superou em muito os bombardeios que ocorreram até mais perto da embaixada. Eu estava no meu escritório. Com a onda de choque, literalmente vi a janela entrar. Ela quase implodiu. O barulho foi ainda mais violento”, disse.
“Essas explosões bem mais fortes me levaram a pedir para Brasília a minha inclusão na lista de pessoas a deixarem Damasco. O próprio ministro Mauro Vieira me ligou e perguntou o que poderia fazer para garantir nossa segurança”, contou.
noticia por : UOL