Mortes: Baiano raiz, conquistou público com dança e carisma

Em casa, Anderson era um jovem carinhoso e romântico. Nos palcos, adotava o nome de Slick, um dançarino cheio de energia. Foram muitos shows, em balés de cantores como Ivete Sangalo e Xanddy Harmonia, sempre trazendo o gingado baiano.

Nas redes sociais, fazia sucesso compartilhando coreografias e postava os bastidores de suas viagens e apresentações. Durante a carreira, também esteve no palco com as bandas Psirico, Parangolé, Filhos de Jorge e muitas outras.

“Dançar pra ele era como respirar. Sempre dizia que viver da dança era muito difícil e sacrificante, mas que não se via fazendo outra coisa. Ele amava dançar. Tudo para ele virava dança e mostrava os sentimentos através dela”, diz a mãe, Edna da Cruz Pereira, 47.

Dançarino e coreógrafo, ingressou na escola de dança da Funceb (Fundação Cultural do Estado da Bahia) em 2017. Formou-se no ano passado como técnico de dança, após algumas pausas por causa da pandemia e das viagens a trabalho. Foi um dos seus sonhos realizados.

O ano de 2024 também lhe rendeu uma participação no reality show Segue o Baile, competição de dançarinos do canal E! Entertainment. Slick ficou em terceiro lugar e um dos jurados o definiu como um poeta da dança.

Anderson Pereira do Nascimento nasceu em Salvador, no dia 6 de agosto de 1997. Foi criado entre os bairros Luiz Ancelmo e Novo Horizonte. Teve uma infância tranquila e feliz ao lado dos irmãos André e Andressa Vitória.

Seguindo o ditado popular que diz “baiano não nasce, estreia”, Anderson era um menino que parecia ter nascido artista. Tinha facilidade em aprender músicas ainda muito pequeno. E a dança sempre esteve na sua vida.

Desde novo era “pra frente”, como se diz de pessoas extrovertidas na Bahia, daquelas que fazem amizade fácil. Por volta dos 5 anos, tinha amigos que já tinham 15, andava no meio deles conversando como se também tivesse a mesma faixa etária.

Trabalhou desde cedo, incluindo um estágio no Detran-BA (Departamento Estadual de Trânsito da Bahia). E fez parte do grupo de desbravadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

“Ele tinha um coração gigante, era um menino de ouro. Muito inteligente e dedicado a tudo que fazia”, afirma a mãe.

Slick era do tipo de pessoa que amava viver. Gostava de se divertir na praia e ir ao cinema.

Morreu no dia 1º de dezembro, aos 27 anos, vítima de infarto fulminante após passar mal durante uma apresentação. Deixa a mãe Edna, 47, e três irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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noticia por : UOL

22 de janeiro de 2025 18:59

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