Artista Mira Schendel volta a ser representada no país depois de uma década fora

Uma das artistas mais relevantes do século 20, Mira Schendel vai ter sua presença reforçada no Brasil, país onde se radicou depois de uma errância pelo mundo, fugida do Holocausto. Suas obras, com valores estimados hoje entre R$ 300 mil e R$ 16 milhões, passam a ser representadas pela galeria paulistana Gomide&Co, que toma o lugar da poderosa casa suíça Hauser & Wirth na venda de seus trabalhos ainda em grande parte concentrados nas mãos dos herdeiros.

Quando representada pela casa estrangeira, Schendel teve mostras de peso nas sedes da galeria em Londres e Nova York. O acordo com os suíços veio na esteira de duas grandes retrospectivas da artista no MoMA e na Tate Modern, marcos para a circulação internacional de sua obra que ainda impulsionaram com força a sua valorização.

Thiago Gomide, que agora toma a dianteira nos negócios, planeja catalogar toda a produção de Schendel. Ele fez ainda uma parceria com uma das maiores consultorias de arte do mundo, em Nova York, que vai escolher outras casas, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, para representar nesses territórios o grande legado da artista.

Schendel é conhecida por trabalhos que investigam o poder da linguagem em traços minimalistas e alfabetos entrecruzados —uma seleção importante deles pode ser vista, aliás, até o fim da semana no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Em maio, a artista terá destaque também na edição nova-iorquina da Tefaf, uma das feiras mais importantes do mundo no mercado de grandes mestres.

Schendel já tem uma base firme de colecionadores de arte latino-americana no mundo, mas a estratégia de sua nova galeria agora é elevar seu status ao patamar global de minimalistas consagradas na história da arte, como a canadense Agnes Martin e a alemã Eva Hesse.

VEM AÍ O Instituto Inhotim, megamuseu nos arredores de Belo Horizonte, abre a temporada de 2025 com uma performance da artista portuguesa Grada Kilomba. Também celebra uma década da construção de seu pavilhão dedicado a Claudia Andujar com uma mostra, em abril, de artistas indígenas em diálogo com as fotografias da artista célebre por seus retratos dos yanomamis. Entre eles, estão Paulo Desana, Edgar Kanaykõ, Uýra e Elvira Espejo.

Em outubro, o museu abre uma exposição em homenagem ao artista Pedro Moraleida, monta uma individual do guatemalteco Edgar Calel, que esteve na última Bienal de São Paulo, e inaugura uma escultura ao ar livre da artista Lais Myrrha, inspirada na mineração e no modernismo, dois dos grandes pilares do imaginário mineiro.

VEM AÍ 2 Depois de abrir os trabalhos deste ano em sua sede em Salvador, às vésperas do Dia de Iemanjá, com uma mostra coletiva dos artistas Erika Verzutti, Miguel dos Santos, Gokula Stoffel e Pélagie Gbaguidi, a Galatea dá início à sua temporada paulistana no mês que vem com outra coletiva, esta com Bianca Madruga, Cinthia Marcelle, Isadora Soares Belletti, Leila Danziger e Carolina Cordeiro. A mostra na capital baiana é uma parceria com a Fortes, D’Aloia & Gabriel.


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noticia por : UOL

30 de janeiro de 2025 3:03

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