Juiz manda tirar tornozeleira de líder de bando acusado de roubar defensivos agrícolas em Sorriso

FERNANDA ESCOUTO

DO REPÓRTERMT

O juiz da 5ª Vara Criminal de Sinop, Anderson Clayton Dias Batista, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica do empresário João Nassif Massufero Izar, preso na Operação Xeque Mate, deflagrada pela Polícia Civil em novembro de 2022. 

João foi solto em julho de 2024, em decisão do mesmo magistrado. O empresário é apontado como líder de uma quadrilha que roubava e furtava defensivos agrícolas. O grupo teria movimentado R$ 70 milhões.

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Na decisão que retira a tornozeleira, proferida em dezembro, o juiz impõe a João Nassif outras cautelares. São elas: comparecimento a todos os atos do processo; cComparecimento mensal ao fórum da comarca onde reside, nos primeiros 10 dias do mês, para justificar as suas atividades; manutenção de contato telefônico e endereço atualizados; proibição de se ausentar da Comarca, sem prévia autorização do judicial; suspensão de eventual passaporte; erecolhimento domiciliar noturno, das 22h às 05h.

A maior parte dos réus foi solta ainda em agosto de 2023, quando o processo tramitava na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

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Na época, em decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, obtiveram liberdade mediante o pagamento de fiança de R$ 10 mil e o uso de tornozeleira eletrônica os seguintes réus: Ângelo Henrique Markoski da Cunha, Danilo Pereira de Lima, Rodrigo Calca e Sandoval de Almeida Junior.

Os réus Viviane Menegazzi e David dos Santos Nascimento foram soltos na mesma época, sem tornozeleira eletrônica e mediante o pagamento de fiança de R$ 10 mil. Já o réu Valdelirio Krug obteve a revogação da prisão preventiva mediante o pagamento de fiança de R$ 50 mil.

Relembre a operação

Deflagrada em novembro de 2022 pela delegacia de Sorriso, a operação cumpriu 10 prisões preventivas e 14 buscas e apreensões domiciliares, além do afastamento do sigilo e sequestro de bens contra o grupo acusado dos crimes de associação criminosa, receptação qualificada e lavagem de dinheiro, que teria movimentado a cifra de R$ 70 milhões.

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Conforme revelado à época, os alvos da operação tinham rendimentos incompatíveis com as profissões que exerciam. Um professor de educação básica cujo salário era de 10 mil por mês movimento mais de R$ 6 milhões em suas contas bancárias.

Outro investigado, um funcionário de uma farmácia, recebia mensalmente R$ 2,4 mil, mas movimentou o valor de R$ 1,4 milhão e vivia em uma casa de alto padrão.

A investigação detectou que o grupo criminoso comprava joias, relógios e diamantes, que eram vendidos para lideranças do tráfico de drogas na região. Dez pessoas chegaram a ser denunciadas, mas apenas oito se tornaram rés. O processo se arrasta na Justiça de primeiro grau desde então.

FONTE : ReporterMT

30 de janeiro de 2025 22:37

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