Na sequência, já invadindo a madrugada de sábado, 1° de março, desfilaram Barroca Zona Sul, Dragões da Real, Mancha Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Rosas de Ouro e, para fechar o primeiro dia de apresentação, Camisa Verde e Branco.
As escolas colocaram na avenida enredos que valorizam a história dos negros no carnaval, com referências à cultura e às religiões de matriz africana, como a Barroca Zona Sul, com Os nove oruns de Iansã. A Dragões da Real, segunda colocada do carnaval de 2024, sob a regência do carnavalesco Jorge Freitas, se inspirou na música Aquarela para fazer o seu cortejo, costurado pelo enredo A vida é um sonho pintado em aquarela!
Com Bahia, da Fé ao Profano, a bicampeã Mancha Verde valorizou as festas carnavalescas da Bahia, preenchidas de fé e dança; enquanto Rosas de Ouro apostou no tema do jogos de sorte e a sua importância para moldar uma sociedade que sempre busca pelas vitórias. O enredo da escola heptacampeã foi Rosas de Ouro em uma Grande Jogada.
Acadêmicos do Tatuapé levou para o Sambódromo um enredo voltado para a Justiça e as desigualdades, enquanto Camisa Verde Branco, já na parte da manhã, animou os foliões com O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!, homenagem ao cantor e compositor brasileiro que morreu em 1990, aos 32 anos, vítima de AIDS.
Antes do início do desfile das escolas do grupo especial, foi realizada a apresentação das velhas-guardas de São Paulo, um cortejo realizado desde 2022, em homenagem aos integrantes com anos de história nas agremiações.
O desfile deste ano foi o primeiro após a morte do sambista Carlos Alberto Caetano, o Seo Carlão do Peruche, o último baluarte do carnaval e um dos fundadores da Unidos da Peruche, em 1956. Ele morreu no último dia 17, aos 94 anos. Na alegoria que abriu o desfile, uma fita preta com as pontas se cruzando, em sinal de luto, foi anexada ao brasão da Velha Guarda.
noticia por : UOL