“Israel não permitirá um cessar-fogo sem a libertação de nossos reféns”, disse o gabinete do premiê, ao anunciar a suspensão de todas as entregas de bens e suprimentos para a Faixa de Gaza. “Se o Hamas persistir em sua recusa, haverá consequências adicionais”, ameaçou.
“Nenhum caminhão entrou em Gaza esta manhã e nenhum entrará” até nova ordem, escreveu Omer Dostri, porta-voz de Netanyahu, no X. “Os comboios de caminhões de carga atualmente a caminho de Gaza chegam à passagem apenas para descobrir que ela está fechada e a entrada é proibida.”
Impacto nas negociações
O líder do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse à Reuters que a decisão da suspensão das entregas impactaria as negociações, acrescentando que o grupo islâmico não “responde à pressão”. Os dois lados discordam sobre o que fazer após o fim da primeira fase do acordo de cessar-fogo.
A primeira fase envolveu a entrega de 33 reféns israelenses em troca de cerca de 2.000 prisioneiros e detidos palestinos mantidos em prisões israelenses. Os combates foram interrompidos e as tropas israelenses se retiraram de algumas posições em Gaza.
O governo israelense aprovou uma proposta de acordo apresentada de última hora por Steve Witkoff, enviado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Oriente Médio, para resolver o impasse, e exige que o Hamas também concorde. O texto prevê que metade dos reféns mantidos em Gaza, vivos e mortos, sejam libertados no primeiro dia do cessar-fogo e prorrogar a atual trégua até a Páscoa judaica e o ramadã muçulmano, em meados de abril.
noticia por : UOL