O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça os seis acusados de participarem do assassinato de Gritzbach. A pena dos envolvidos pode chegar a 100 anos de prisão. Três PMs, que já estão presos, e outras três pessoas, foragidas, são acusadas pelos homicídios de Vinicius Gritzbach. Os seis indiciados também foram denunciados pelo MP pelo assassinato do motorista de aplicativo Celso Araújo, que estava no aeroporto no dia do crime, e duas tentativas de homicídio contra duas pessoas feridas por estilhaços dos disparos.
Foram indiciados os dois mandates, o olheiro, os executores e o motorista do veículo. São eles: Emílio Gongorra, o Cigarreiro, e Diego Amaral, o Didi, apontados pela polícia como os mandantes do crime. Os executores são Dênis Antônio Martins, cabo da PM e Ruan Rodrigues, soldado da PM. Fernando Genauro da Silva, tenente da Polícia Militar foi apontado como o motorista do carro que ajudou os executores a fugir e Kauê Amaral, o olheiro do PCC que estava orientou os executores no dia do crime.
MPSP trata a denúncia como sendo a primeira e cita que investigação continua. Para a Promotoria, o caso não está completamente encerrado, mas está parcialmente concluído. “O motivo do crime, para nós, ficou claro, é represália e interesse econômico. Represália por parte do núcleo PCC e interesse econômico por parte do núcleo de policiais militares”, afirmou o promotor Rodrigo Merli. A motivação teria sido uma possível vingança pela morte do criminoso Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, ocorrida em dezembro de 2021.
PMs aceitaram “promessa de recompensa para a execução e participação no crime”. Ainda conforme a denúncia do MPSP, eles agiram “como verdadeiros mercenários e matadores de aluguel”.
O órgão também pediu a conversão das prisões temporárias em preventivas. Os seis envolvidos foram denunciados por quatro qualificadoras agravantes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de arma de fogo de uso restrito. A Justiça ainda não se manifestou a respeito.
MP defende que pena seja proporcional ao dano causado para a sociedade. “Considerando que nós temos quatro qualificadoras agregadas ao tipo principal, duas vítimas fatais, duas vítimas sobreviventes, a pena pode chegar aos 100 anos de reclusão”, explicou a promotora do Tribunal do Júri Vania Caceres Stefanoni. “Nós estamos falando de dois homicídios consumados, dois tentados no maior aeroporto da América Latina. Isso chocou tanto a sociedade em São Paulo quanto no país, quanto trouxe reflexos internacionais”.
noticia por : UOL