Trump diz que Irã enfrentará 'coisas ruins' se não aceitar novo acordo nuclear


Afirmação foi feita um dia após governo iraniano responder carta enviada por Trump. Presidente americano disse que prefere acordo, mas fez ameaças em caso de fracasso nas negociações. Trump ameaça Irã em caso de novos ataques de grupo rebelde do Iêmen
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (28) que o Irã enfrentará “coisas ruins” se não aceitar um novo acordo nuclear. A afirmação foi feita um dia após Teerã afirmar que respondeu a uma carta do presidente americano que pedia o início de diálogos.
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Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos de um acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano. Agora, o presidente tem insistido em dialogar com o Irã para controlar as atividades nessa área.
Trump afirmou que prefere um acordo, mas também ameaçou Teerã em caso de fracasso. Recentemente, o presidente enviou uma carta para o governo iraniano sobre o tema e retomou uma política de “pressão máxima” contra o país, por meio de sanções.
“Minha grande preferência… é que resolvamos isso com o Irã. Mas, se não resolvermos, coisas ruins, ruins vão acontecer ao Irã”, disse Trump no Salão Oval.
O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, disse na quinta-feira (28) que Teerã respondeu à carta do presidente americano, mas não revelou o conteúdo da resposta.
Embora o Irã negar que deseja desenvolver armas nucleares, a ONU afirma que o país está acelerando “dramaticamente” o enriquecimento de urânio para 60% de pureza físsil, se aproximando do nível de aproximadamente 90% usado para produzir uma bomba.
Ameaças do Irã à pressão americana
O presidente dos EUA, Donald Trump, em 25 de março de 2025
REUTERS/Evelyn Hockstein
No final de fevereiro, Abbas Araqchi afirmou que o Irã não iria sucumbir à pressão e às sanções impostas pelos Estados Unidos.
“A posição do Irã em relação às negociações nucleares é clara e não negociaremos sob pressão e sanções. Não há possibilidade de negociações diretas com os EUA enquanto a pressão máxima estiver sendo aplicada dessa forma”, afirmou o diplomata.
Ainda em fevereiro, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, falou que era necessário reforçar ainda mais o Exército do país, além de seus mísseis.
As declarações de Khamenei foram feitas enquanto o líder iraniano conferia as principais apostas no setor de Defesa em uma exposição em Teerã. Entre eles um “drone kamikaze” movido a jato, de acordo com a agência de notícias Tasnim.
Dias antes, ele havia aconselhado o governo a recusar qualquer negociação com EUA. O embaixador do Irã na ONU pediu que o Conselho de Segurança tomasse medidas contra o governo americano por causa das ameaças do uso de força.
O Irã garante que seu programa de mísseis balísticos é puramente defensivo, mas o arsenal é visto no Ocidente como um fator de risco.
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Fonte: G1

31 de março de 2025 12:05

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