Ela havia conhecido o homem, chamado Zak Buckingham, um ano antes, durante a quarentena de covid-19, antes da missão. Contudo, Liz narrou que os problemas começaram na Antártida, quando ela disse que não queria falar com ele e o homem passou a ter comportamentos agressivos, com ameaças e perseguições.
Ninguém além de mim estava lá para me salvar (…) Se ele chegasse perto de mim, eu começaria a atáca-lo. Decidi que queria sobreviver Liz Monahon
Liz tentou denunciar as atitudes ao RH da estação. Contudo, segundo ela à AP, a empresa resolveu apaziguar a situação, temendo um problema diplomático, já que se tratava de profissionais de diferentes nacionalidades, e que a denúncia poderia trazer problemas para a estação.
A partir das negativas para uma solução, Liz decidiu tomar uma atitude por contra própria: dormir com um martelo no sutiã. Após descobrirem a atitude da mulher, colegas passaram a defendê-la. Ela narrou que só escapou de agressões por conta destes colegas, e não da gestão da empresa terceirizada da NSF, programa antártico americano, responsável pelas contratações. Segundo relatos, o órgão teria negligenciado a situação.
Após inúmeros conflitos e a sensação de insegurança, a mecânica decidiu deixar a estação em um trajeto perigoso. Ela se juntou a outros pesquisadores numa rota de oito dias por finas camadas de gelo da primavera em direção a um posto avançado dos Estados Unidos.
Dias após a denúncia, enfim o homem foi mandado de volta para a Nova Zelândia. Ainda de acordo com a AP, a Antártida tem problemas envolvendo “pessoas machucando outras pessoas” e álcool há anos, o que gera um grande problema na gestão pessoal do órgão americano.
noticia por : UOL