“Não há qualquer irregularidade neste caso. Eu já estaria fora do Brasil para o maior evento antitruste do mundo. Só haveria conflito de interesse se houvesse alguma vantagem. Não pagaram passagem, hotel, não participei de nenhum cruzeiro”, disse Barreto.
Conforme documentos obtidos pela coluna, no dia 6 de fevereiro deste ano, a família italiana Aponte-Vago, controladora do grupo MSC, enviou um convite ao presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, para que ele participasse da inauguração do MSC Miami Cruise Terminal.
No dia 21 de fevereiro, Cordeiro solicitou afastamento de suas funções no Brasil entre os dias 26 de março e 6 de abril para participar de três eventos: uma palestra na Universidade Georgetown, em Boston, o 73º Congresso Antitruste, em Washington, e a inauguração do terminal da MSC em Miami.
No dia 24 de fevereiro, ele próprio concedeu a autorização para a viagem. Conforme o regimento do Cade, cabe ao presidente liberar os afastamentos.
Já estava previsto que o superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, acompanhasse Cordeiro nos dois primeiros trechos internacionais em Boston e Washington. Ele teve sua presença confirmada na inauguração do terminal da MSC, em Miami, no dia 14 de março de 2025 – -mesma data em que aprova um negócio bilionário para o grupo.
Barreto afirma que seu voo já tinha uma escala em Miami e, como decidiu participar do evento, preferiu dar publicidade ao fato.
noticia por : UOL