Medida entraria em vigor em 24 de abril e afetaria imigrantes da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Haiti que entraram nos EUA durante o governo Biden e ganharam visto de residência. Presidente dos EUA, Donald Trump.
Reuters/Kevin Lamarque
Uma juíza federal bloqueou na segunda-feira (14) a revogação do status legal nos Estados Unidos de mais de 530 mil imigrantes da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Haiti, um novo revés para o governo do presidente Donald Trump. A medida entraria em vigor em 24 de abril.
A decisão de uma juíza distrital em Boston representa a ordem judicial mais recente contra as medidas de Trump para ordenar deportações em massa, em particular de latino-americanos.
Em março, o governo anunciou que trabalhava para revogar o status legal de 532 mil imigrantes que entraram nos EUA sob um programa lançado pelo ex-presidente Joe Biden, em outubro de 2022. Entenda mais sobre a questão aqui.
O programa do governo Biden permitia a entrada nos EUA de até 30 mil migrantes por mês vindos dos países mencionados, que têm um histórico ruim na área de direitos humanos, durante um período de dois anos.
A decisão judicial afirma que o governo Trump atuou com base em uma interpretação equivocada da lei de imigração, ao contemplar a expulsão acelerada de pessoas sem a cidadania americana que entraram ilegalmente nos EUA, mas não daqueles com autorização para estar no país.
Com a revogação proposta por Trump, os imigrantes perderiam efetivamente sua proteção legal a partir de 24 de abril. O governo dos EUA ainda não se manifestou sobre a decisão da Justiça americana até a última atualização desta reportagem.
Trump prometeu durante a campanha eleitoral deportar “milhões” de migrantes sem documentos e, recentemente, invocou uma antiga lei de 1798 para expulsar centenas de supostos membros da gangue de origem venezuelana ‘Tren de Aragua’ para uma prisão em El Salvador.
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Fonte: G1