Irmã Geneviève Jeanningros, de 81 anos, é uma freira francesa que comanda projeto de acolhimento a minorias. Freira amiga de Francisco quebra protocolo durante funeral
Reuters
“Era um pai, um irmão, um amigo. Vai fazer falta para todos”. Foi assim que se referiu ao papa Francisco a freira Geneviève Jeanningros, que ficou famosa por quebrar o protocolo durante o velório público do pontífice.
Geneviève falou com o serviço de imprensa do Vaticano após visitar a Basílica de São Pedro novamente nesta sexta-feira (25), sua quarta vez. “Muita gente me disse: quando for ver o Papa, leve a gente com você. Chorei também por eles”, afirmou a freira.
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“Irmãzinha de Jesus” e amiga de Francisco, a freira viralizou ao se aproximar do caixão do pontífice no primeiro dia do velório público, na quarta-feira. Auxiliada por um segurança, a irmã foi levada para o cordão de proteção, onde permaneceu alguns minutos carregando uma mochila verde nas costas. Ocasionalmente, ela levava a mão ao rosto e chorava a morte do amigo, enquanto observava o pontífice. (Saiba mais sobre a freira abaixo)
Na visita desta sexta-feira, Geneviève foi acompanhada por Laura Esquibel, uma mulher trans paraguaia que conhecia do papa Francisco: “Fui a primeira mulher transexual a apertar a mão dele. Já o vi sete vezes, almoçamos juntos. Eu gostava muito dele”. Segundo o Vaticano, o pontífice gostava das empanadas de Esquibel, e a mulher mandava o salgado para ele em algumas ocasiões.
Freira amiga do papa Francisco quebra protocolo e se aproxima de caixão
Geneviève afirmou que foi procurada pela imprensa do mundo inteiro para dar entrevistas sobre o momento da quebra de protocolo. No entanto, ela recusou todos os pedidos, porque “não consegue” falar sobre o assunto. “Não, não consigo. Não quero falar com ninguém, me desculpem”, disse a freira ao Vaticano com seu forte sotaque francês sobre os pedido de entrevista.
‘Irmãzinha de Jesus’ e vive em trailer: conheça freira Geneviève
A freira amiga do papa Francisco que quebrou o protocolo e se aproximou do caixão é Geneviève Jeanningros, de 81 anos. Pouco tempo após o pontífice ser colocado na Basílica de São Pedro, a irmã foi levada para o cordão de proteção, onde permaneceu alguns minutos.
Parte da fraternidade Irmãzinhas de Jesus, Geneviève comanda um projeto que acolhe minorias sociais em Roma. Ela mora em um trailer na periferia da capital italiana e já chegou a levar pessoas a quem atende a audiências com Francisco no Vaticano.
“A religiosa conheceu o papa há algum tempo; ela escreveu para ele logo depois da eleição, relembrando a história de uma tia missionária na Argentina que desapareceu durante a ‘Guerra Suja'”, conta o Vatican News. “A correspondência nunca parou e Francisco, em uma audiência com artistas de rua, chegou a desejar a ela um feliz aniversário”.
Freira Geneviève Jeanningros se aproxima do caixão do papa Francisco
Alessandro Di Meo via AP
A irmã Geneviève, conta a agência do Vaticano, também levou familiares de um médico americano morto pela pandemia de Covid-19 a Roma para se encontrar com o papa, após ele ter tido o funeral católico recusado por ser homossexual.
Encontro emblemático com o papa
Em 2024, a irmã encontrou-se com o papa Francisco, na Audiência Geral, em junho, junto com um grupo formado por: homossexuais, transexuais, um casal de catequistas, uma jovem engajada na Pastoral Carcerária.
Na época, Geneviève afirmou que não conhecia as pessoas, mas que não perguntou a eles sobre sua orientação sexual.
“O que importa para a irmã Geneviève é ‘ir aonde a Igreja tem mais dificuldade de ir’, conforme desejava Charles de Foucauld, de quem as Irmãzinhas de Jesus herdaram o carisma”, disse o Vatican News sobre o encontro.
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Fonte: G1