Ferrer foi preso em 11 de julho de 2021, dia em que tentou participar das manifestações antigovernamentais que abalaram o país, as maiores registradas desde o triunfo da revolução em 1959.
Um mês depois, um tribunal revogou a liberdade condicional em que se encontrava e o enviou novamente para a prisão para cumprir uma pena de quatro anos e meio à qual havia sido condenado em 2020 pelo atropelamento de um homem, que ele nega.
Em seu comunicado, o Tribunal Supremo destacou que Ferrer não compareceu a duas audiências perante um juiz de execução que haviam sido convocadas pelo tribunal provincial de Santiago de Cuba, onde reside.
“Ele não apenas não compareceu, como também informou, por meio de seu perfil nas redes sociais, em flagrante desacato e violação à lei, que não compareceria perante a autoridade judiciária”, afirmou o Tribunal.
Desde sua libertação, Ferrer desafiou repetidamente as autoridades criticando o governo em declarações nas redes sociais. Também ativou um refeitório em sua casa em Santiago de Cuba para acolher pessoas necessitadas, financiado por cubanos residentes no exterior.
Segundo ele, as autoridades não apreciam o fato de que seu centro possa fornecer até 1.200 refeições por dia, já que isso evidencia a pobreza de alguns habitantes. O centro também oferece atendimento médico, já que sua esposa é médica.
noticia por : UOL