O presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), critica a exoneração de Carlos Eduardo Fernandes, ligado à legenda, da função de secretário-executivo de Segurança Alimentar de São Paulo, e diz que ele foi vítima de desrespeito por parte do vice-prefeito, coronel Ricardo Mello Araújo.

“É um desrespeito muito grande o coronel entrar na sala do Carlos Fernandes e dizer que há corrupção na secretaria sem qualquer explicação. Garanto que não há [corrupção]. Vou esperar o prefeito [Ricardo Nunes] voltar do Japão para conversarmos. O Carlos trabalhou muito na campanha do Ricardo [em 2024], e esta vaga já havia ficado acertada”, prosseguiu o líder do Solidariedade, partido que apoia a gestão Nunes.

Responsável pelo Armazém Solidário, um dos principais programas da prefeitura paulistana, Fernandes foi nomeado por Nunes em 2022. Ele foi demitido na quinta-feira (25) pelo vice-prefeito, que está à frente do Executivo de forma interina, enquanto Nunes viaja pela China e Japão.

A exoneração, de acordo com o próprio Araújo, ocorreu sem o aval do prefeito. Paulinho, agora, tentará reaver o cargo.

“Fomos surpreendidos com a exoneração. O Carlos faz um dos trabalhos sociais mais importantes do Brasil. O Armazém Solidário é fruto de todo empenho dele, que buscou os fornecedores. Ele também conseguiu auxílio para os feirantes, a cozinha solidária [que fornece marmitas]”, diz Paulinho.

Fernandes foi candidato do Solidariedade no ano passado a vereador em 2024, mas não foi eleito e voltou à gestão Nunes neste ano.

“O Carlos foi o nosso candidato mais votado, com quase 18 mil votos, e acabou ajudando o prefeito também. A atitude do coronel foi um desrespeito total, inclusive com o partido, e ele não conversou com ninguém”, afirmou Paulinho.

Como o Painel mostrou, Araújo diz que exonerou o secretário “a bem do serviço público”. O vice, no entanto, evitou detalhar os motivos da demissão.

Além de Fernandes, Araújo também exonerou no mesmo dia Emanuel Coelho da Silva, que trabalhava na divisão de localização de desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, e Aurélio Costa de Oliveira, que atuava no departamento de abastecimento da Secretaria-Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional.

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