Dos rituais ao laboratório: uma planta em teste contra a depressão no Brasil

Seguindo instruções que encontrou na Internet, esse programador de software, de 31 anos, transformou a casca marrom que cobre as raízes da jurema-preta em cristais que fumou em um cachimbo. “Parece que você resolveu mesmo alguma coisa da sua vida”, resumiu Carvajal, de braços tatuados e cabelos longos, que tentou vários tratamentos para a depressão crônica de que sofre desde a adolescência.

– Publicação na Nature –

Na cidade de Natal, o físico Draulio Araújo extrai DMT da jurema-preta em condições estritas de laboratório. Pesquisador do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Araújo e sua equipe administraram a substância durante seis meses em 14 pessoas com depressão.

Os pacientes inalaram DMT vaporizado em balões, sob supervisão médica. “A resposta é rápida. Um dia depois da intervenção, os pacientes já apresentaram uma melhora importante dos sintomas de depressão”, afirmou o pesquisador. “É comum que nossos pacientes digam que alguma coisa mudou, que a chave virou.”

Suas descobertas foram publicadas em abril na revista científica Nature. Em 2024, ele publicou outro estudo com resultados promissores, na revista Psychedelic Medicine.

– ‘Não é para todos’ –

Segundo Araújo, substâncias psicodélicas, como o DMT, facilitam que as pessoas mudem “um pouco a perspectiva sob a qual abordam ou observam certos problemas” de sua vida.

noticia por : UOL

7 de maio de 2025 5:33

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