A eleição para a direção do PT, que ocorrerá em julho, terá uma chapa formada por militantes negros, com o objetivo de aumentar a diversidade racial nas instâncias partidárias.

Batizada de “Pela Representatividade no PT”, terá 204 membros e disputará o voto direto de milhares de filiados.

“Urge a presença de mais mulheres negras, de mais jovens periféricos, mais camponeses e camponesas, de mais pessoas com deficiência, de mais LGBTQIAPN+ ocupando espaços de poder e decisão”, diz o manifesto da candidatura. “Essa diversidade não pode ser apenas simbólica: deve ser política”, acrescenta o texto.

Integrante do coletivo nacional de combate ao racismo do partido, João Carlos Nogueira afirma que o processo de eleição interna do PT é um momento para “oxigenar o debate” no partido.

“A representatividade de mulheres negras, por exemplo, cresceu muito nas Câmara Municipais e Assembleias Legislativas nos últimos anos. Não temos no diretório nacional do PT essa mesma representatividade”, afirma.

Embora a maioria dos membros seja formada por negros, também há integrantes brancos que tenham uma pauta antirracista e em defesa da diversidade, diz Nogueira.

Diferentemente de outras chapas, que são ligadas a tendências internas, a candidatura “negra” não se vincula a nenhuma corrente, nem terá um candidato a presidente do partido, que é eleito de forma separada.

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