Barroso canta com presidente do iFood em evento na casa do empresário; veja vídeo

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, foi gravado cantando na casa do presidente do iFood, Diego Barreto, em jantar beneficente organizado em homenagem ao ministro do Supremo.

O evento ocorreu na última quinta-feira (22), em São Paulo. A comemoração estava prevista na agenda oficial de Barroso sem detalhes. Dizia somente ser um “jantar em apoio ao Programa CNJ de ação afirmativa para ingresso na magistratura”.

Um dos vídeos mostra Barroso cantando a música “Garota da Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ao lado do presidente do iFood. Em outro, o ministro divide o microfone com a cantora Paula Lima ao som de “Não Deixe o Samba Morrer”, de Alcione.

O jantar ficou por conta do chef Felipe Bronze, e participaram do encontro o líder comunitário e ativista Rene Silva e o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, entre outros.

O encontro foi organizado sob o pretexto de apoiar o programa de ação afirmativa para ingresso na magistratura, parceria entre o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a Universidade Zumbi dos Palmares.

A confraternização entre o presidente do STF e o CEO do iFood, porém, levanta discussões sobre a aproximação de empresários interessados em processos no tribunal com os ministros responsáveis pelo julgamento dos processos.

O aplicativo de delivery é um dos interessados em uma ação no Supremo que discute a existência de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativo e a empresa administradora da plataforma digital.

O caso chegou ao STF como um recurso apresentado pela Uber. A empresa diz existir mais de 10 mil processos sobre o tema na Justiça do Trabalho. O processo no Supremo teria o objetivo de definir uma interpretação que sirva para todos os casos.

Os ministros do tribunal definiram que a ação terá repercussão geral —instrumento por meio do qual o Supremo fixa uma tese que deve ser seguida pelas outras instâncias do Judiciário.

O julgamento deve ter impacto sobre os contratos de trabalho de empregadores com o iFood. A empresa entrou no processo como amici curiae (amigo da corte), uma espécie de terceiro interessado na ação que pode esclarecer questões técnicas envolvidas ao caso.

O relator do processo é o ministro Edson Fachin. Cabe ao próprio presidente Barroso definir uma data para o julgamento do recurso.


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noticia por : UOL

25 de maio de 2025 23:30

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