Dito de outro modo, a letalidade potencial da organização é imensurável, dada sua elevada capacidade operacional e bélica, notadamente porque integrada por agentes que pertencem ou pertenceram às Forças Armadas e que receberam treinamento militar especializado.
Ministro Cristiano Zanin
Integrantes da organização poderiam fugir, afirma Zanin. “À gravidade concreta da conduta, revelada pelo modus operandi, e à periculosidade dos agentes, adiciona-se a plausível hipótese de fuga em concreto, uma vez que a organização pode disponibilizar a seus agentes expertise e meios para ocultação e travessia de fronteira. Há, pois, fator de risco à aplicação da lei penal, a reforçar a indispensabilidade da medida cautelar.”
A organização criminosa mantinha “tabela de valores atribuídos à execução de homicídios, cujos preços variavam conforme a função exercida pela vítima”. A PF detectou a existência de uma tabela com preços para espionar ou até mesmo matar autoridades do STF e parlamentares do Congresso Nacional.
A Polícia Federal apontou que os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do STF, e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) seriam possíveis alvos do grupo. Os nomes dessas autoridades foram encontrados em anotações e diálogos vinculados aos suspeitos.
A tabela apreendida mostra que os preços cobrados variavam conforme o alvo. Pelos valores, considerados baixos, a PF suspeita de que esses preços seriam para espionar os alvos:
- Ministros / Judiciário: R$ 250 mil
- Senadores: R$ 150 mil
- Deputados: R$ 100 mil
- Figuras normais: R$ 50 mil
noticia por : UOL