Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas neste domingo (1) após tiros israelenses contra um grupo de pessoas que se dirigiam a um centro de distribuição de ajuda alimentar dos Estados Unidos na Faixa de Gaza, segundo um novo balanço da Defesa Civil.
“O número de mártires no massacre ocorrido perto do centro de ajuda dos EUA em Rafah chega a pelo menos 22, com mais de 120 feridos, incluindo crianças”, disse à AFP o porta-voz do serviço de resgate e emergência, Mahmud Basal.
Os feridos foram levados ao hospital Naser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, por equipes da Defesa Civil e até em carroças puxadas por burros, informou o porta-voz.
“Havia muita gente, era um caos, gritos e empurrões… o exército atirava de drones e tanques”, contou à AFP Abdallah Barbakh, de 58 anos, que estava no centro de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
A situação humanitária na Faixa de Gaza é extremamente grave, com “100% da população” ameaçada de fome, segundo a ONU.
Por mais de dois meses, Israel impediu a entrada de ajuda humanitária e só na semana passada flexibilizou parcialmente o bloqueio.
Israel implantou um novo sistema de distribuição de ajuda por meio da GHF, fortemente criticado por organizações humanitárias internacionais.
Questionado pela AFP, o exército israelense afirmou que está analisando os fatos denunciados pela Defesa Civil.
noticia por : UOL