Perda de mandato é medida “extrema” e exige “mais do que a insatisfação de parte dos parlamentares ou da população”. Para Messias, “é necessário demonstrar que a conduta extrapolou os limites da liberdade de expressão a ponto de comprometer a dignidade do cargo, a autoridade institucional e a confiança da sociedade na Casa”.
Autora da denúncia se diz “chocada” com parecer. Luana Alves (PSOL) afirmou que deve procurar a Corregedoria da Câmara amanhã para esclarecimentos e que não vai aceitar que o caso seja simplesmente arquivado.
A fala tem um tom de supremacia branca, de se colocar acima da população negra, escancaradamente racista. Esse relatório pra mim é uma vergonha e vai na contramão de exemplos que a Câmara já deu
Luana Alves (PSOL), vereadora em São Paulo
Parecer será votado por Corregedoria da Câmara amanhã. Caso os membros do órgão concordem com a avaliação de Messias de que a denúncia merece ser arquivada, o caso é encerrado.
Episódio aconteceu em 2 de maio. Naquele dia, a Câmara votava o reajuste de servidores municipais. A declaração de Cris foi dirigida a sindicalistas que estavam no local. “Lamento profundamente se alguém em particular se sentiu ofendido com a minha fala”, afirmou Cris posteriormente, o que é lembrado por Messias no parecer.
Procurado, Messias não se manifestou sobre o caso até a publicação da reportagem. Já Cris informou que “respeita e confia nos órgãos internos e nos procedimentos da Câmara” e que “seguirá realizando seu trabalho normalmente enquanto a Corregedoria analisa o caso e toma uma decisão”.
noticia por : UOL