Inicialmente, Marine declarou lealdade ao pai, mas em 2015, após uma nova polêmica antissemita, o expulsou do partido, em pleno esforço para moderar sua imagem.
– “Grande substituição” –
Sua filha mudou o nome do partido em 2018 para Reagrupamento Nacional (RN), “um suicídio”, segundo seu pai, que defendia a união de todas as extremas direitas.
Jean-Marie Le Pen refugiou-se, então, em suas memórias, retomando temas favoritos como a teoria conspiratória da “grande substituição” da população francesa pelos imigrantes.
Nos últimos anos, dedicou-se a receber visitas em sua mansão em Montretout, mas um problema cardíaco em 2023 o obrigou a abandonar os eventos sociais. Um ano depois, a justiça designou suas filhas para gerirem seus assuntos cotidianos.
Nos meses finais de vida, pôde testemunhar o partido herdeiro do FN vencer as eleições para o Parlamento Europeu, enquanto um “cordão sanitário”, como em 2002, freou seu avanço nas legislativas francesas semanas depois.
noticia por : UOL