A ilha francesa de Amsterdã, no oceano Índico, sofre há três semanas com um incêndio que já destruiu quase a metade de se território. Desconhecida do grande público, ela é usada para pesquisas devido à sua biodiversidade. A população foi totalmente retirada e, em razão da distância e da dificuldade logística, as autoridades francesas preferiram não intervir por enquanto, deixando o fogo se propagar.
Alguns a chamam de “a ilha mais isolada do mundo”. Perdida entre as ilhas da Reunião e Kerguelen, no sul do oceano Índico, Amsterdã tem apenas 58 km² e faz parte das Terras Austrais e Antárticas Francesas (TAAF). Com seus penhascos íngremes, ela é considerada um santuário de biodiversidade e integra o Patrimônio Mundial da Unesco. Apenas 30 pessoas vivem no local, principalmente cientistas, militares e técnicos.
Em razão de sua situação geográfica, a ilha oferece condições perfeitas para pesquisas sobre qualidade do ar e coleta de marcadores sobre as mudanças climáticas. Amsterdã é um dos dois únicos locais no mundo dedicados ao estudo aprofundado da poluição atmosférica, e o único no hemisfério sul para esse tipo de análise. Há quase 50 anos, ela possibilita medições contínuas das concentrações de gases de efeito estufa e poluentes na atmosfera.
noticia por : UOL