Trump assina decreto que prevê demitir servidor que não for 'fiel' a sua agenda de política externa


Ordem atinge diretamente o Serviço Diplomático dos EUA, que deve passar por uma reforma. Segundo a imprensa americana, embaixadas receberam informações sobre corte de funcionários. Trump no Salão Oval da Casa Branca em 11 de fevereiro de 2025
Reuters/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem que prevê a demissão de servidores federais que não forem fiéis à agenda de política externa estabelecida por ele. O decreto foi assinado nesta quarta-feira (12).
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O texto, intitulado “Uma Única Voz para as Relações Exteriores dos Estados Unidos”, estabelece que o Departamento de Estado promova uma reforma no Serviço Diplomático americano “para garantir uma força de trabalho comprometida com a implementação fiel da política externa do Presidente”.
De acordo com a ordem, funcionários que falharem na aplicação das diretrizes impostas por Trump serão investigados por descumprimento da disciplina profissional e poderão, inclusive, ser demitidos.
O decreto determina ainda que todas as agências relacionadas à política externa criem mecanismos para garantir que os servidores implementem “fielmente” as ordens de Trump.
Pela ordem, caberá ao secretário de Estado, Marco Rubio, desenvolver novos critérios de recrutamento, avaliações de desempenho e padrões que assegurem o cumprimento das políticas presidenciais.
Antes da assinatura da ordem executiva, a emissora americana ABC News reportou que embaixadas dos Estados Unidos ao redor do mundo foram instruídas a se prepararem para cortes de servidores.
O governo também exigiu que os diplomatas entreguem listas com os nomes de todos os funcionários que trabalham nas missões dos EUA em outros países, segundo a reportagem.
Nas últimas semanas, ordens de Trump para a redução de funcionários em agências federais foram alvo de ações na Justiça. No dia 6 de fevereiro, uma decisão judicial bloqueou um “ultimato” do governo para que servidores se demitissem voluntariamente.
Desde o primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Trump reclama que suas ações são prejudicadas pelo chamado “deep state” — que, segundo ele, seria formado por inimigos infiltrados no serviço público. Durante a campanha presidencial de 2024, ele prometeu demitir dezenas de milhares de funcionários.
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Fonte: G1

4 de março de 2025 10:00

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