As operações ganharam impulso em 2023, quando chuvas abundantes levaram várias usinas do país a verter água de seus reservatórios. Naquele ano, foram enviados a Argentina e Uruguai 494 megawatts (MW) médios na modalidade, com um ganho de R$782 milhões ao país.
Já no ano passado, a frustração de chuvas no período úmido e a seca severa que veio na sequência praticamente inviabilizaram as operações. Houve apenas exportação pontual no mês de junho, somando 32 MW médios e R$1,8 milhão.
Agora, as fortes chuvas do período úmido, principalmente nas grandes usinas da região Norte, voltaram a propiciar condições para a venda de excedentes hidrelétricos aos países vizinhos.
No mês passado, o Brasil enviou 12 MW médios de energia hidrelétrica a Argentina e Uruguai, o que gerou benefício tarifário de cerca de R$600 mil para os consumidores brasileiros, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) à Reuters.
Os volumes exportados podem crescer substancialmente a partir de ajustes que estão sendo realizados no processo para ampliar a competitividades da fonte hidrelétrica, que “compete” com a energia termelétrica nesse tipo de operação.
“Estamos em situação bastante favorável no que tange à possibilidade de exportar recursos hidrelétricos, com a situação dos reservatórios e das usinas do Norte”, afirmou Marisete Pereira, presidente da Abrage, associação que representa os grandes geradores hidrelétricos.
noticia por : UOL