Segundo Santos, o evento é transformador. “Muitos dos participantes enfrentaram desafios como a depressão, acidentes ou sequelas de guerra, e agora os vemos motivados e felizes, compartilhando momentos especiais com suas famílias. Agradecemos muito por estar aqui, a Deus e ao príncipe Harry, por nos proporcionar um evento tão significativo”, afirmou o brasileiro, enfatizando o impacto positivo do Invictus Games na vida dos competidores.
Neste sábado, a equipe brasileira fez sua estreia no vôlei sentado, uma ocasião aguardada com expectativa. O time chegou na final e derrotou a Nigéria por 2 a 0, conquistando a medalha de ouro.
“Participar dos Invictus Games é um momento que nós, atletas do paradesporto militar, sempre sonhamos. É uma chance de mostrar não apenas nossas habilidades esportivas, mas também nossa determinação em superar desafios”, disse Leandro.
Marcelo de Azevedo, que sofreu um acidente nas Forças Armadas quando um blindado caiu sobre sua perna, também compartilhou sua trajetória. Ele revelou ter enfrentado uma profunda depressão após o acidente, o que impactou sua vida de forma significativa. “Através do esporte e da fé, encontrei uma nova motivação. O que está acontecendo aqui em Vancouver é uma transformação. Já me emocionei várias vezes desde que cheguei. Para nós, isso é mais do que uma competição, é a concretização de um sonho”, afirmou Marcelo que, apesar dos desafios, participou do Mundial de vôlei sentado em 2014, onde conquistou a medalha de prata para o Brasil. Segundo ele, existe muita dificuldade de encontrar militares com algum tipo de deficiência. “O Brasil é um país de paz e não de guerra, mas ao longo desses dez anos conseguimos formar uma equipe boa e hoje esse sonho se tornou realidade”, explica.
Impacto para o futuro do paradesporto militar
Alex Witkovski, que obteve a sexta posição nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, também se prepara para atuar novamente nas quadras. “Voltar a competir neste nível é gratificante. As experiências que vivemos aqui, entre atletas com histórias semelhantes, nos fortalecem. É uma experiência única. Mesmo já tendo participado de outros eventos internacionais, o coração sempre acelera, friozinho na barriga e ainda nem competimos ainda, mas está sendo uma experiência bacana, para vida!”, comenta.
noticia por : UOL