Segundo a AP, os trabalhadores entraram na sede da agência, em Washington, que foi fechada pelo governo Trump, acompanhados por agentes federais. Pessoas foram apoiar funcionários demitidos da USAID
AP Photo/Manuel Balce Ceneta
Os milhares de funcionários da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) que foram demitidos ou afastados tiveram apenas 15 minutos para limpar seus espaços de trabalho ao visitar a sede da agência em Washington, que foi fechada pelo governo Trump, segundo a Associated Press.
Após serem informados no começo do mês que as atividades da USAID seriam encerradas, os servidores poderão voltar ao prédio nesta quinta-feira (27) e sexta-feira (28) para recolher seus pertences pessoais.
A entrada, no entanto, só estava sendo permitida com a escolta de agentes federais que os aguardavam do lado de fora. De acordo com a AP, pelo menos sete interceptaram um dos primeiros a apareceram.
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Além dos agentes, um grupo de apoiadores também está na porta do edifício para dar apoio aos que chegam, recebendo os funcionários sob aplausos.
A USAID colocou 4.080 funcionários que trabalham em todo o mundo em licença nesta segunda-feira (24), além disso cortou outros 1.600, de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado.
Os que estão de em licença administrativa foram instruídos a reter seus materiais emitidos pela USAID, incluindo passaportes diplomáticos, “até o momento em que fossem separados da agência”.
A AP afirma que o governo Trump emitiu uma proibição que impede os servidores afetados de falar publicamente e muitos estão temendo retaliações.
Um relatório do Congressional Research Service, no início deste mês, disse que a autorização do congresso é necessária “para abolir, mover ou consolidar a USAID”, mas as maiorias republicanas na Câmara e no Senado não fizeram nenhuma resistência às ações da administração.
Não há praticamente nada para financiar, de qualquer forma: a administração agora diz que está eliminando mais de 90% dos contratos de ajuda externa da USAID e US$ 60 bilhões em assistência dos EUA ao redor do mundo.
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Reprodução
Em comunicado interno no dia 7 de fevereiro, o governo dos Estados Unidos anunciou que manteria apenas 611 dos mais de 10.000 funcionários da agência e que os funcionários que continuariam a trabalhar são considerados de serviços essenciais.
A mudança ocorreu depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que fecharia a agência, responsável por cerca de 40% de toda a ajuda humanitária aplicada no mundo.
O site da USAID estava fora do ar desde o início desta semana, após o bilionário Elon Musk dizer ter aconselhado Trump a fechar a agência, que chamou de “ninho de vermes” — Musk, CEO da rede social X, da Tesla e da Space X, também lidera atualmente um departamento do governo dos EUA para reduzir gastos de Estado (o DOGE, na sigla em inglês).
Trump disse que a USAID está repleta de fraudes, mas não especificou quais irregularidades existem na agência. Musk havia dito que o órgão humanitário é “um ninho de vermes”.
Criada no auge da Guerra Fria, a USAID coordena e distribui toda a ajuda dos Estados Unidos enviada para situações de conflitos ou emergências pelo mundo. Só em 2024, a USAID respondeu por nada menos que 42% de toda a ajuda humanitária do mundo rastreada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Conheça mais sobre a agência aqui.
A USAID foi idealizada pelo ex-presidente John F. Kennedy durante a Guerra Fria para ampliar a presença dos EUA no mundo e combater a influência soviética. Mais recentemente, a agência também concorria com a crescente influência do programa de ajuda externa da China, o “Belt and Road”.
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Fonte: G1