O ator Selton Mello, que dá vida a Rubens Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”, afirmou que o longa representa o corpo do ex-deputado, sequestrado e morto durante a ditadura militar. O artista está em Los Angeles, onde participa da cerimônia do Oscar.
“O filme é o corpo do Rubens Paiva que nunca foi devolvido para a família. É algo muito poderoso espiritualmente, mexe com você”, afirmou o ator à Max.
O artista foi ao evento com um paletó preto e um broche representando uma rosa presa na altura do peito. Segundo ele, é uma homenagem a Rubens Paiva. Além de homenagear o parlamentar, Mello também celebrou a própria mãe por meio de um anel.
“Essa flor preta é meu tributo ao Rubens Paiva e esse anel era da minha mãe. Ela teve Alzheimer durante doze anos, é uma coisa que me comove demais nesse filme também”, disse o ator, em um vídeo nas redes sociais.
A cerimônia deste ano é especial para os brasileiros porque “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi indicado em três categorias —melhor atriz para Fernanda Torres, melhor filme internacional e melhor filme.
A produção é o primeiro filme brasileiro a disputar a principal categoria da premiação, cuja primeira edição aconteceu em 1929, e o quinto a disputar na categoria de longa internacional —o primeiro foi “O Pagador de Promessas”, em 1963, seguido de “O Quatrilho”, em 1995, “O Que É Isso, Companheiro?”, em 1998, e “Central do Brasil”, também de Salles, em 1999.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” acompanha a história de Eunice Paiva —papel de Torres—, uma mulher que lutou pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, durante o período da ditadura militar. O filme é a produção nacional com a maior bilheteria desde a pandemia, tendo faturado mais de R$ 100 milhões do mundo todo e teve um público superior a 5 milhões de pessoas no Brasil
noticia por : UOL