Com aliança, Brasil barra aliado de Milei e Trump para comandar OEA

O posicionamento do paraguaio agradava Marco Rubio, chefe da diplomacia de Trump, neto de cubanos exilados e que, ao longo dos anos, vem adotando um tom duro contra as ditaduras latino-americanas.

Ao anunciar o fim da candidatura de seu chanceler, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, lançou uma crítica velada ao Brasil.

“A candidatura foi muito bem recebida e apoiada por muitos estados membros da organização. No entanto, nos últimos dias e de forma abrupta e inexplicável, o Paraguai foi informado por países amigos da região, com os quais compartilhamos um espaço e uma história comuns, que eles modificaram seu compromisso inicial com nosso país e decidiram não apoiar a proposta do Paraguai”, disse o presidente.

“O Paraguai, ao longo de sua rica história, tem sido um país que sempre baseou suas posições em princípios e valores tão elevados, e não renunciará a eles por causa de uma eleição ou situação particular”, afirmou.

“Analisando todos esses elementos, tomei a decisão de retirar a candidatura do Ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata de vasta experiência e de merecido prestígio não apenas regional, mas mundial, para a Secretaria Geral da OEA”, completou Peña.

Se a OEA é vista com desconfiança por uma ala importante na América Latina e não é a peça-chave para a estratégia brasileira de integração regional, a visão da Casa Branca é a de instrumentalizar a entidade com sede em Washington para atender a seus interesses no Hemisfério. 60% do orçamento da OEA vem da contribuição americana, e assessores de Trump explicaram ao UOL que querem garantir que esses recursos cumpram a missão de fortalecer sua posição na região.

noticia por : UOL

6 de março de 2025 9:21

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