FERNANDA ESCOUTO

DAFFINY DELGADO

Acusado de mandar assassinar o advogado Renato Nery, o empresário Cesar Jorge Sechi agiu com frieza e ironia no momento de sua prisão, na última sexta-feira (9), em Primavera do Leste. A declaração é do delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (12), o delegado ressaltou que Cesar Jorge chegou a dizer que sua prisão era um completo equívoco.

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“Bastante frio, de certa forma, um pouco até, como se pode se dizer, irônico. Ele alega que é um completo equívoco o que está acontecendo”, pontuou Caio.

“Pelo que a gente percebe do comportamento dele, ele acredita que nada vai ficar comprovado e até que ele consiga a liberdade. Mas temos elementos suficientes para dizer que ele é um dos mandantes”, completou.

O delegado reforça ainda que há provas documentais que Cesar mandou matar Renato Nery.

“Temos elementos que podem ser documentais e falas de pessoas próximas a ele que o apontam. […] Essa ironia [dele], atrás disso está uma total consciência de que a verdade chegou”, concluiu.

Além de Cesar, a esposa dele Julinere Goulart Bastos, também foi presa. Assim como ele, ela é apontada como mandante do crime.

Conforme as investigações, Nery teria sido assassinado devido a uma disputa de terras. Cesar e Julinere teriam prometido pagar R$ 200 mil pela execução do advogado.

O dinheiro teria sido distribuído entre os militares Heron Teixeira Pena Vieira, Jackson Pereira Barbosa e o caseiro Alex Roberto de Queiroz.

O crime

Renato Nery foi assassinado a tiros no dia 5 de julho do ano passado, no momento em que saia de seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa, na Capital.