Reforma migratória de Milei já foi testada por Macri 

Não é a primeira vez que um DNU (Decreto de Necessidade e Urgência) pode alterar as políticas migratórias na Argentina. Em janeiro de 2017, o então presidente Mauricio Macri instituiu um DNU que permitiu a deportação de imigrantes que cometeram delito no país, mesmo quando eles já tinham cumprido suas penas.

O caso mais emblemático, que chegou até a corte internacional de direitos humanos, foi o da peruana Vanessa Cueva, que era residente na Argentina há mais de 15 anos e tinha filhos argentinos. No passado, ela se envolveu com o tráfico de drogas, foi presa e condenada a quatro anos de pena. Já sem dever nada à justiça, foi deportada para o Peru, ainda amamentando um dos filhos de um ano, sem um processo legal de expulsão. O caso repercutiu nacional e internacionalmente, uma vez que Vanessa tinha filhos argentinos que dependiam dela e uma vez que a mesma tinha residência no país há anos. Em 2020, o presidente Alberto Fernandez derrubou o DNU de Macri e Vanessa pode voltar para a Argentina e reencontrar os filhos que não via há anos.

Vanessa tinha se formado em enfermagem em uma universidade pública argentina, sem pagar, depois do envolvimento com o tráfico. Quando ela foi autorizada a retornar para a Argentina, com o fim do DNU de Macri, Vanessa atuou como enfermeira voluntária na pandemia da Covid. Deixava os filhos pequenos, mas, dessa vez, para trabalhar em prol das vítimas da covid no mesmo país que um dia a expulsou.

noticia por : UOL

15 de maio de 2025 3:46

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